Vinícola | Casa da Passarella |
Localização | Lagarinhos, Serra da Estrela, Dão – Portugal |
Uva | 100% Bastardo |
Tipo/Açúcar | Tinto Seco / 0,6 g/L |
Teor Alcoólico Médio | 13,0% |
Elaboração | Colheita manual. Vinificação tradicional em lagar. Estágio de seis meses em cubas de cimento |
Produção | tradicional |
Servir (Serving) | |
---|---|
Temperatura | 16°C a 18°C |
Decantar | 15 minutos |
Consumo & Guarda (Peak Drinking) |
Pronto agora ou guarda até 2030 |
Notas de Degustação (Notes) | |
---|---|
Visual | vermelho rubi |
Aroma | frutas vermelhas maduras e nuances vegetais |
Paladar | elegante no paladar, delicado e com grande complexidade, final longo e envolvente |
Corpo | médio |
Sugestão de Harmonização (Food Pairing Suggestion) |
Carnes vermelhas e brancas de aves |
Opinião da Curadoria |
Com aromas de frutas vermelhas e notas vegetais, é elegante no paladar, mostrando-se um vinho delicado, de grande complexidade, com um longo final. Este vinho representa um retorno à vinificação ancestral de castas presentes nos lotes históricos de vinhas velhas. |
História & Curiosidades (History & Curiosities) |
A Casa da Passarella foi fundada em 1892, antes portanto da demarcação da região do Dão, em 1908. Localizada em Lagarinhos, no sopé da Serra da Estrela, pertence ao empresário português Ricardo Cabral e se tornou uma das mais emblemáticas vinícolas de Portugal. São produzidas três linhas de vinhos: Somontes, Casa da Passarella e Villa Oliveira. O primeiro registro de engarrafamento dessa vinícola é de um vinho da marca Villa Oliveira, com data de 1893. Essa marca esteve durante algumas décadas fora do circuito comercial, sendo resgatada em 2009 como forma de homenagear a história e o patrimônio da vinícola. O Villa Oliveira Touriga Nacional 2011 foi eleito o Melhor Vinho de Portugal de 2017 e o melhor varietal, pela Wines of Portugal. Desde 2008, essa vinícola está sob o comando do enólogo Paulo Nunes, que tem feito um trabalho brilhante na elaboração de vinhos que se destacam pelo frescor, pelo caráter mineral e pela longevidade. No início de 2020, Paulo Nunes recebeu o prêmio de “Melhor Enólogo de 2019”, concedido pela Revista de Vinhos de Portugal. Ele já havia sido eleito o “Enólogo do ano de 2017”, pela revista Vinho Grandes Escolhas, de Portugal. Sobre a Linha Passarella: O mistério da caixa encontrada dentro de uma das paredes da Casa da Passarella está finalmente resolvido. A história começa em 1942, quando uma caixa é emparedada numa das divisões da Casa da Passarella, pelos seus antigos proprietários, contendo um documento escrito a cursivo com instruções para ser aberta 50 anos mais tarde. No documento, assinado por um conjunto de personagens emblemáticas da época, constava também uma última vontade: a de que fossem distribuídos pelos pobres todos os valores guardados na caixa. O certo é que nenhuma destas duas coisas aconteceu. Só em 2010, quando a Casa sofreu obras, a caixa foi encontrada e aberta. E não havia nada lá dentro. As investigações foram avançando, sem nunca se ter desvendado o mistério. Quando parecia que a resignação acabava por vencer a persistência, um especialista em acontecimentos insólitos foi chamado ao local: “a caixa estava de facto repleta” – explicou o professor K. Noronha – “mas não de coisas palpáveis, materiais. A caixa estava impregnada de uma essência extraordinária que, reagindo com os tempos vindouros, haveria de trazer a felicidade através do vinho a todos os que dela fizessem arte e proveito. “Ora, esses tempos vindouros fazem já parte do presente. E isto é uma dupla descoberta” – concluiu. |